Seja bem vindo! Você está diante de um ambiente virtual que se encontra em constante evolução! Aqui divido com os interessados assuntos que para muitos não irão passar de uma fantasiosa obra cientifica, ou até mesmo uma complexada obra hollywoodiana. Antes de qualquer pré julgamento, já lhe adianto que devemos analisar tudo com calma e principalmente com a mente aberta,pois este será o primeiro passo para a retirada do véu que nos mantém inseguros dentro dessa Matrix. Lembre-se que a verdadeira critica é aquela questionada por quem busca a verdade acima de qualquer preconceito.

Façamos bom proveito das novas informações aqui divididas e fiquem a vontade para exporem sua idéias e opiniões.

domingo, 28 de agosto de 2011

A agressão Imperial aclamada como vitória popular

Nota editorial do site português ODiario.info

A entrada em Tripoli dos bandos do auto denominado Conselho Nacional de Transição e a ocupação da residência e quartel general de Muamar Kadhafi foram aclamados pelo presidente Obama, os governos da União Europeia e as media ocidentais como desfecho da cruzada libertadora da Líbia e vitória da democracia e da liberdade sobre a tirania e a barbárie.

Poucas vezes na Historia a desinformação cientificamente montada ao serviço de ambições inconfessáveis terá tido tanto êxito em transformar a mentira em verdade, ocultando o significado da agressão a um povo.

Desde o inicio em Março dos bombardeamentos selvagens a Tripoli, a oratória farisaica de Obama, Sarkozy e Cameron funcionou como cobertura de um projecto imperial que, sob o manto de pretensa «intervenção humanitária destinada a proteger as populações», tinha como predestinado objectivo tomar posse do petróleo e do gás, bem como dos importantes activos financeiros do estado Líbio.

Planearam o crime com muita antecedência. A «insurreição» de Benghazi foi preparada por agentes da CIA; comandos britânicos treinaram uma escória de mercenários armada pelos EUA e pela Grã-bretanha; a chamada Zona de Exclusão Aérea não passou de um slogan para facilitar a passagem pelo Conselho de Segurança e iludir o propósito da subsequente intervenção militar; a anunciada não participação da Força Aérea Americana, nos primeiros dias dos bombardeamentos, foi só uma farsa porque a NATO, que assumiu a direcção da guerra, é um instrumento dos EUA por estes controlada, e porque as próprias forças aeronavais estado-unidenses interviriam activamente nos bombardeamentos e na guerra cibernética.

Mas as coisas não correram como eles desejavam. Os «rebeldes» somente entraram em Tripoli transcorridos seis meses. As suas vitórias foram forjadas pela comunicação social. A NATO acreditava poder repetir o que aconteceu na Jugoslávia, onde os bombardeamentos aéreos forçaram Mihailovich a capitular. Kadhafi resistiu, apoiado por grande parte do povo líbio. Independentemente do balanço que se faça da sua intervenção na Historia em quatro décadas de poder absoluto, Muamar Kadhafi resistiu com bravura à agressão desencadeada pelas maiores potencia militares Ocidentais. A tropa fandanga do CNT foi um exército ficcional que somente avançava à medida que as bombas da NATO reduziam a ruínas as infra-estruturas líbias. Milhares de civis líbios foram massacrados nesta guerra repugnante.

Nos últimos dias, uma orgia de violência irracional atingiu Tripoli. O bombardeamento sónico, para aterrorizar a população, coincidiu com as bombas que caíam do céu. Os invasores submeteram a cidade a um saque medieval, matando, saqueando, violando, num cenário de horror. Os media europeus e norte americanos difundiam noticias falsas. A bandeira da corrupta monarquia senussita foi hasteada em Terraços donde «rebeldes» disparavam sobre o povo.

Os muitos milhares de milhões de dólares do povo líbio depositados na banca internacional foram confiscados pelos governos ocidentais.

Mas, para frustração de Washington e seus aliados, a resistência prossegue enquanto que o paradeiro de Kadhafi e outros responsáveis líbios, que não se submeteram, é desconhecido.

Sobre o CNT, um saco de gatos mascarado de governo provisório, chovem agora felicitações.

Cavaco Silva e Passos Coelho, obviamente, associaram-se a esse coro da desvergonha, cumprindo o seu papel de pequenos sátrapas coloniais.

Os abutres capitalistas na Líbia


Por Pepe Escobar, do Asia Times Online

Pensem na nova Líbia como último espetacular capítulo da série “Capitalismo de Desastre”. Em vez de armas de destruição em massa, tivemos a R2P (“responsabilidade de proteger”). Em vez de neoconservadores, imperialistas humanitários.

Mas o alvo é sempre o mesmo: mudança de regime. E o projeto é o mesmo: desmantelar e privatizar uma nação que não se integrou ao turbo-capitalismo; abrir mais uma (lucrativa) terra de oportunidades para o neoliberalismo super turbinado. E a coisa vem em boa hora, porque acontece em momento já próximo de plena recessão global.

Demorará um pouco. O petróleo líbio não voltará ao mercado antes de 18 meses. Mas há o negócio da reconstrução de tudo que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) bombardeou (sim, sim, nem tudo que o Pentágono bombardeou em 2003 foi reconstruído no Iraque…)

Seja como for – do petróleo à reconstrução – brotam oportunidades para negócios sumarentos. O neonapoleônico Nicolas Sarkozy da França e o britânico David das Arábias Cameron acreditam que estarão especialmente bem posicionados para lucrar com a vitória da OTAN. Mas nada garante que a nova bonança baste para arrancar da recessão as duas ex-potências coloniais (neocoloniais?).

O presidente Sarkozy em particular mamará nas oportunidades comerciais para empresas francesas o mais que possa – parte de sua ambiciosa agenda de “reposicionamento estratégico” da França no mundo árabe. Uma imprensa francesa complacente decidiu armar os ‘rebeldes’ com armamento francês, em íntima cooperação com o Qatar, incluindo uma unidade de comandos ‘rebeldes’ mandada por mar de Misrata para Trípoli sábado passado, no início da “Operação Sirene”.[1]

Bem, já se viram movimentos de abertura desses desenvolvimentos, desde quando o chefe de protocolo de Muammar Gaddafi fugiu para Paris, em outubro de 2010. Foi quando todo esse drama de mudança de regime começou a ser incubado.

Bombas em troca de petróleo

Como já observado, os abutres já voejam sobre Trípoli para devorar (e monopolizar) os despojos. E, sim – grande parte da ação tem a ver com negócios de petróleo, como disse Abdeljalil Mayouf, gerente de informações da Arabian Gulf Oil Company ‘rebelde’, em declaração nua e crua: “Não temos problemas com países ocidentais como empresas italianas, francesas e britânicas. Mas podemos ter algumas questões políticas com Rússia, China e Brasil.”

Esses três são membros crucialmente importantes do grupo BRICS das economias emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), países que estão crescendo, enquanto as economias atlanticistas e OTAN-bombardeantes estão afundadas em estagnação ou recessão. Os quatro principais BRICSs também se abstiveram na votação que aprovou a Resolução n. 1.973 do Conselho de Segurança da ONU, a mascarada daquela ‘zona aérea de exclusão’ que depois se metamorfoseou em bombardeio cerrado, pela OTAN, para forçar, de cima para baixo, uma ‘mudança de regime’. Esses países viram corretamente o que havia para ver, desde o início.

Para piorar (para eles) ainda mais as coisas, só três dias antes de o Africom (Comando Africano) do Pentágono lançar seus primeiros 150 (ou mais) Tomahawks contra a Líbia, o coronel Gaddafi deu entrevista à televisão alemã, na qual destacou que, se o país fosse atacado, todos os contratos de energia seriam transferidos para empresas russas, indiana e chinesas.

Assim sendo, os vencedores da bonança do petróleo já estão designados: membros da OTAM mais monarquias árabes. Dentre as empresas envolvidas, a British Petroleum (BP), a francesa Total e a empresa nacional de petróleo do Qatar. Do ponto de vista do Qatar – que investiu jatos de combate e soldados na linha de frente, treinou ‘rebeldes’ em táticas de combate exaustivo e já está negociando vendas de petróleo no leste da Líbia – a guerra se comprovará muito esperta decisão de investimento.

Antes da crise que já dura meses e está agora nos movimentos finais, com os ‘rebeldes’ já na capital, Trípoli, a Líbia estava produzindo 1,6 milhões de barris/dia de petróleo. Quando recomeçar a produzir, os novos senhores de Trípoli colherão alguma coisa como US$50 bilhões/ano. Estima-se que as reservas líbias cheguem a 46,4 bilhões de barris.

Melhor farão os ‘rebeldes’ da nova Líbia se não se meterem com a China. Há cinco meses, a política oficial chinesa já era exigir um cessar-fogo; tivesse acontecido, Gaddafi ainda controlaria mais da metade da Líbia. Pequim – que jamais foi fã de ‘mudança de regime’ violenta – está exercitando, por hora, a arte da moderação extrema.

Zhongliang, chefe do Ministério do Comércio, observou, otimista, que “a Líbia continuará a proteger os interesses e direitos dos investidores chineses, e esperamos manter os investimentos e a cooperação econômica”. Abundam as declarações oficiais que enfatizam a “mútua cooperação econômica”.

Semana passada, Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente do sinistro Conselho Nacional de Transição, disse à rede de notícia Xinhua que serão respeitados todos os negócios e contratos firmados com o regime de Gaddafi. Mas Pequim não quer saber de correr riscos.

A Líbia forneceu apenas 3% do petróleo que a China consumiu em 2010. Angola é fornecedor muito mais crucial. Mas a China ainda é o principal consumidor de petróleo líbio na Ásia. Além disso, a China pode ser muito útil no front da reconstrução da infraestrutura, ou na exportação de tecnologia – nada menos que 75 empresas chinesas, com 36 mil empregados já trabalhavam na Líbia antes do início da guerra civil/tribal (e foram evacuados, com eficiência e sem alarde, em menos de três dias).

Os russos – da Gazprom à Tafnet – tinham bilhões de dólares investidos em projetos na Líbia; as brasileiras Petrobras, gigante do petróleo e a empresa construtora Odebrecht também tinham interesses lá. Ainda não se sabe exatamente o que acontecerá com eles. O diretor geral do Conselho de Comércio Rússia-Líbia, Aram Shegunts, está extremamente preocupado: “Nossas empresas perderão tudo, porque a OTAN impedirá que façam negócios na Líbia.”

A Itália logo entendeu que lá teria de ficar, “com ‘rebeldes’ ou sem”. A gigante italiana ENI, parece, não será afetada, dado que o primeiro-ministro Silvio “Bunga Bunga” Berlusconi pragmaticamente abandonou seu ex-íntimo amigo Gaddafi, logo no início do bombardeio EUA-Africacom/OTAN.

Os diretores da ENI italiana estão confiantes de que o petróleo líbio recomeçará a fluir para o sul da Itália ainda antes do inverno. E o embaixador da Líbia na Itália, Hafed Gaddur, disse a Roma que os contratos da era Gaddafi serão honrados. Por via das dúvidas, Berlusconi se reunirá com o primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição, Mahmoud Jibril, na próxima quinta-feira, em Milão.

Bin Laden os salvará [2]

O ministro das Relações Exteriores da Turquia Ahmet Davutoglu – da famosa política de “zero problemas com nossos vizinhos” – também já andou elogiando os ex-‘rebeldes’ convertidos em poder de fato. Também de olhos postos na bonança de negócios da era pós-Gaddafi, Ankara – que é o flanco oriental da OTAN – terminou por ajudar a impor um bloqueio naval contra o regime de Gaddafi, cultivou atentamente o Conselho Nacional de Transição e, em julho, reconheceu-o formalmente como governo da Líbia. Business “recompensa” os ardilosos.

Chegamos afinal ao coração desse script: o que a Casa de Saud lucrará por ter sido instrumento para implantar um regime amigável na Líbia, possivelmente salpicado de salafitas notáveis; uma das razões chaves para o massacre imposto pelos sauditas – que incluiu um voto inventado na Liga Árabe – foi o ódio furioso que separou Gaddafi e o rei Abdullah, desde as primeiras escaramuças que levaram à guerra contra o Iraque em 2002.

Nunca será demasiado destacar a hipocrisia cósmica de uma monarquia/teocracia medieval absoluta ultra reacionária – que invadiu o Bahrain e reprimiu com brutalidade os xiitas locais – apoiar o que se apresenta como movimento pró-democracia no Norte da África.

Seja como for, é hora de celebrarem. Em breve, lá estará o grupo saudita Bin Laden Construtora, para reconstruir feito doido em toda a Líbia – é possível que transformem Bab al-Aziziyah (que foi saqueado) em hotel-shopping center de luxo monstro da Tripolitânia.

Notas

[1] Orig. “Operation Siren”. A operação foi lançada no sábado à noite, à “hora do Iftar”, que marca o fim do jejum religioso do Ramadan. As “sirenes”, que eram usadas pela Al-Qaeda para convocar manifestações contra o governo de Gaddafi, foram usadas dessa vez como sinal para os pequenos grupos de ‘rebeldes’ de Benghazi (para outros, seriam pequenos grupos de militantes da Al-Qaeda) que já estavam em Trípoli. Esses pequenos grupos iniciaram algumas escaramuças em terra, coordenadas com intenso bombardeio aéreo pelas forças da OTAN (cf. Thierry Meyssan, TARPLEY.net, 21/8/2011). Jornais norte-americanos falam de uma “Operation Mermaid Dawn” [operação Aurora da Sereia] contra a Líbia, acrescentando que “mermaid” [sereia] seria nome em código para “Líbia” (cf. Huffington Post, 22/8/2011). Em português (não em inglês), há algum deslizamento de significados entre “sereia”, o ser mítico, e “sirene”/”sirena”, o dispositivo que há em carros de bombeiros e ambulâncias, que emite som e, também os aparelhos que emitem alarme de incêndio em prédios. Sem algum comentário, perder-se-ia essa ambigüidade, na tradução [NTs].

[2] Orig. Bin Laden to the rescue, ‘politicamente’ muito difícil de traduzir. A solução que propomos é uma, dentre outras possíveis e pode ser melhorada. Correções e sugestões são bem-vindas. Consideramos também “Só bin Laden salva”, descartada por votos, quer dizer, menos por argumentos, que pela maioria. Traduzir é empreitada cheia de riscos inevitáveis [NTs].

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Império. Ajude o governo Yankee dominar o mundo.

Realidade ou apenas um jogo como outro qualquer?
Muito bom este vídeo. É exatamente isso que o governo Norte Americano e seus comparsas fazen com o planeta.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Especialista alerta para "ameaça dos algoritmos"

BBC 23/08/2011

Serviços inteligentes

Um especialista em algoritmos alertou para as consequências da influência cada vez maior dos sistemas de códigos operacionais em diversos aspectos da vida das pessoas.

Em uma palestra durante a conferência TED no mês de julho, na Escócia, o americano Kevin Slavin disse que "a matemática que os computadores usam para decidir as coisas" está se infiltrando em diferentes áreas as nossas vidas.

Slavin disse que os "serviços inteligentes" oferecidos por lojas de internet - que calculam livros e filmes nos quais o cliente pode estar interessado -, por sites como o Facebook e pelos mecanismos de busca como o Google comprovam que operações computacionais complexas e invisíveis controlam cada vez mais a relação das pessoas com o mundo eletrônico.

Como exemplos, ele citou um "robô-faxineiro" que mapeia a melhor maneira de realizar os afazeres domésticos e os algoritmos que estão gradualmente controlando os negócios em Wall Street e o mercado financeiro.

"Estamos escrevendo coisas que não podemos mais ler", alertou o especialista. "Nós criamos algo ilegível e perdemos a noção do que realmente está acontecendo no mundo que criamos", disse ele.

Livro milionário

De acordo com Slavin, o caso recente de erro nos algoritmos usados pela livraria online Amazon é um dos principais exemplos do caos que pode ser instalado quando um código se torna inteligente o suficiente para operar sem a intervenção humana.

No início do ano, o algoritmo que regula os preços da loja de livros pareceu entrar em guerra consigo mesmo.

Os valores dos produtos começaram a aumentar em competição uns com os outros e um dos livros, The Making of a Fly (A construção de uma mosca, em tradução livre) - um livro sobre a biologia molecular de uma mosca - chegou a custar US$ 23,6 milhões (R$ 37,7 milhões).

Slavin afirma que, na medida que os códigos matemáticos se tornam mais sofisticados, eles se infiltram até mesmo em nossas preferências e decidem que produtos culturais estarão disponíveis para nós.

Decidindo as vidas virtuais

A empresa britânica Epagogix está levando este conceito a sua conclusão lógica e usando algoritmos para prever o que faz com que um filme seja um sucesso de bilheteria.

O sistema usa uma série de medidas - o roteiro, a trama, os atores, as locações - e os cruza com as bilheterias de outros filmes similares para prever quanto dinheiro o novo produto irá ganhar.

De acordo com o diretor-executivo da empresa, Nick Meaney, o código "ajudou estúdios a tomarem decisões sobre fazer ou não fazer um filme".

No caso de um dos projetos - para o qual foi estipulado um custo de produção de 180 milhões de libras (R$ 473 bilhões) - o algoritmo estimou que o filme ganharia somente cerca de 30 milhões de libras nas bilheterias, o que significava que não valia a pena fazê-lo.

No entanto, Meaney diz que o papel dos algoritmos na indústria cinematográfica não é tão grande.

"Filmes são feitos por diversas razões e dizer que nós ditamos que filmes são feitos nos dá mais influência do que temos", disse.

Negócios automáticos

De acordo com Kevin Slavin, até 70% das transações de Wall Street hoje são conduzidas por algoritmos, no que é chamado de "caixa-preta" ou "algo-negócio".

Isso significa que, além de negociantes especializados, banqueiros e corretores agora empregam também milhares de matemáticos e físicos.

Mas Slavin diz que, mesmo com o auxílio de técnicos e especialistas, um algoritmo fora de controle foi o responsável pela chamada "quebra-relâmpago" do dia 6 de maio de 2010, em que uma queda de cinco minutos nas bolsas de valores causou um caos momentâneo.

Um negociador que agiu de má-fé foi considerado o culpado pela queda de 10% no índice Dow Jones mas, na realidade, a culpa era do programa de computador que ele estava usando.

O algoritmo vendeu 75 mil ações com um valor de 2,6 bilhões de libras em somente 20 minutos, fazendo com que outros sistemas de negociação rápida fizessem o mesmo.

A partir deste episódio, os reguladores foram forçados a introduzir mecanismos que interrompem as negociações se as máquinas começarem a se comportar de modo incorreto.

Para Slavin, na medida que os algoritmos expandem sua influência para além das máquinas, é chegada a hora de saber exatamente o que eles sabem e se ainda há tempo de domá-los.

Otan e a cobiça pelo petróleo da Líbia


Cartunista e ativista Carlos Latuff 

Abaixo um excelente texto escrito por Altamiro Borges do "Blog do Miro". É realmente uma pena que a maioria das pessoas prefiram acreditar na mídia vendida/colonizada do que fazerem suas próprias pesquisas na internet. Está mais do que claro que esta guerra não tem como favorecido o povo líbio, a charge acima resume bem os interesse por detrás do apoio internacional/EUA.


Por Altamiro Borges

A mídia colonizada está em festa. A vinheta do Jornal das Dez, da Globo News, comemora “o fim da era Kadafi”. Merval Pereira, que mais parece um porta-voz do império, ataca o “ditador líbio” e, de quebra, a política externa do atual governo. O colunista da TV Globo preferia quando o chanceler de FHC tirava os sapatinhos nos aeroportos dos EUA e prometia apoio à invasão do Iraque.

Na imprensa mundial, a queda de Kadafi também parece próxima. Os “rebeldes” – a mídia evita realçar os bombardeios da Otan – já teriam ocupado parte de Trípoli. Barack Obama, o embusteiro que prometeu reduzir a ação belicista dos EUA, encurtou suas férias para comemorar o desfecho do ataque. “O regime de Kadafi está acabado e futuro da Líbia pertence ao povo”. Que povo?

Capitalistas estão excitados

Na Europa em frangalhos, o francês Nicolas Sarkozy e o britânico David Cameron anunciam uma reunião em Paris para discutir a agenda da “reconstrução” do país devastado. Cerca de 20 bilhões de euros do governo líbio, congelados em bancos da Inglaterra e Alemanha, seriam liberados para as obras, que teriam a participação das poderosas empreiteiras francesas e britânicas.

O mundo capitalista em crise está excitado. As bolsas de valores dos EUA e da Europa subiram, com seus pregões sendo puxados pelas ações das empresas de petróleo e gás. Segundo o Estadão, o clima de entusiasmo também atiça os rentistas brasileiros. “Os investidores estão otimistas quanto à possibilidade do fim dos conflitos da Líbia, que interromperam as exportações de petróleo”.

As reviravoltas de Kadafi

Com aponta Saul Leblon, da Carta Maior, o mundo capitalista pouco se importa com os 1.700 líbios mortos nas primeiras horas de combate em Trípoli. A tal “intervenção humanitária” da Otan, repetida milhões de vezes pela mídia, é conversa para enganar os trouxas. O que está em jogo na Líbia são suas riquezas, principalmente o petróleo. Kadafi virou um estorvo. Por isso, ele deve cair!

Kadafi já foi considerado vilão, aliado do bloco soviético e inimigo do “livre mercado” e da “democracia liberal” – principalmente quando estatizou o petróleo do país. Depois, acuado com o fim da URSS, ele renegou o seu passado nacionalista, virou amigo das potências imperialistas, tirou fotos com os “líderes ocidentais” e assinou estranhos contratos com as multinacionais.

“Rebeldes” sem povo

A recente revolta no mundo árabe, que derrubou vários carrascos aliados das nações imperialistas – que nunca foram rotulados de ditadores pela mídia colonizada – mudou a geopolítica da região e abalou os interesses das corporações. Era preciso derrubar, também, Kadafi. Afinal, ele nunca foi visto com bons olhos pela burguesia internacional.

Mas, diferentemente das outras nações árabes, onde multidões ocuparam as ruas na luta por democracia, na Líbia não ocorreram protestos massivos. A única forma de derrubar Kadafi, o vilão que virou amigo e, depois, virou novamente ditador, era fomentar os “rebeldes”, armá-los e, principalmente, ajudá-los com os bombardeios da Otan. Do contrário, os “rebeldes” seriam derrotados.

O petróleo é o “troféu” das guerras

Na tragédia da Líbia, não há santos. O que está em jogo, é bom enfatizar, é o petróleo. Como apontou Michel Chossudovsky, num excelente estudo sobre o país, “a Líbia está entre as maiores economias petrolíferas do mundo, com aproximadamente 3,5% das reservas globais de petróleo, mais do dobro daquelas dos EUA... O petróleo é o ‘troféu’ das guerras conduzidas pelos EUA-Otan”.

“A ‘Operação Líbia’ faz parte de uma agenda militar mais vasta no Médio Oriente e Ásia Central, que consiste em ganhar controle sobre mais de 60% das reservas mundiais de petróleo e gás natural, incluindo as rotas de oleodutos e gasodutos”. Com 46,5 mil milhões de barris de reservas provadas (dez vezes as do Egito), a Líbia é a maior economia petrolífera do continente africano.

Privatizar a indústria petrolífera

Para Chossudovsky, a “ação humanitária” da Otan na Líbia serve “aos mesmos interesses corporativos” da invasão do Iraque, em 2003. “O objetivo é tomar posse das reservas de petróleo, desestatizar a National Oil Corporation (NOC) e, finalmente, privatizar a indústria petrolífera do país, transferindo o controle e a propriedade da riqueza petrolífera para mãos estrangeiras”.

A estatal NOC está classificada entre as 25 maiores 100 companhias de petróleo do mundo. “O petróleo líbio é uma mina de ouro para os gigantes petrolíferos anglo-americanos. Embora o valor de mercado do petróleo bruto esteja atualmente pouco acima dos 100 dólares por barril, o custo do petróleo líbio é extremamente baixo”.

China e os objetivos geopolíticos

Além disto, a operação militar da Otan tem objetivos geopolíticos que pouco aparecem nos noticiários da mídia imperial. “Onze por cento das exportações de petróleo líbias são canalizadas para a China... A presença chinesa na África do Norte é considerada por Washington como uma intrusão... A campanha militar contra a Líbia pretende excluir a China desta região”.

Estas razões é que explicam a violência dos bombardeios da aliança militar dos países capitalistas – a Otan. Como alerta o escritor Michael Collon, o resto é pura manipulação midiática. “O problema é eles falam em ‘guerra humanitária’ e que gente de esquerda se deixa enganar. Seria melhor que lessem o que pensam os verdadeiros líderes dos EUA ao invés de olharem e assistirem a TV?”.

A “ingenuidade” dos cúmplices

“Escutem, a propósito dos bombardeios contra o Iraque, o célebre Alan Greenspan, durante muito tempo diretor da Reserva Federal dos EUA. Ele escreveu em suas memórias: ‘Sinto-me triste quando vejo que é politicamente incorreto reconhecer o que todo mundo sabe: a guerra no Iraque foi exclusivamente pelo petróleo’”. Collon critica a “ingenuidade” de certos setores da esquerda, que não aprenderam “nada sobre as falsidades humanitárias transmitidas pela mídia nas guerras precedentes”.

E cita o discurso de Obama para justificar os ataques à Líbia: “Conscientes dos riscos e das despesas da atividade militar, somos reticentes ao empregar a força para resolver os numerosos desafios do mundo. Mas quando os nossos interesses e valores estão em jogo, temos a responsabilidade de agir. Vistos os custos e riscos da intervenção, temos que calcular nossos interesses ante a necessidade de uma ação. A América tem um grande interesse estratégico em impedir que Kadafi derrote a oposição’”.

Texto original aqui.

domingo, 21 de agosto de 2011

Sinto fome, preciso comer.

Na semana em parte final de um curso meus colegas e eu promovemos um debate sobre a educação. Neste pequeno debate foram expostas as opinião a favor e contra a educação grátis em todos os níveis, e para defender meu ponto de vista lembrei meus amigos de quanto dinheiro era usado para matar pessoas em guerras desnecessárias. São centenas de milhares de dolares usados para matar ao invés de educar. Alguns dias se passaram e hoje leio a seguinte notícia - Em 10 anos, EUA gastaram US$ 1,3 tri para alimentar guerras - nesse momento pensei: Mas que loucura é essa, gastasse tanto para matar e tão pouco com educação e manutenção da vida!! Comecei a pesquisar sobre o quanto se gasta com educação, mas os primeiro dados que encontrei foi sobre a fome e estes dados são alarmantes.

Descobri que  um bilhão de pessoas - ou seja, uma em cada seis - passa fome no mundo e o número poderá aumentar frente à elevação dos preços dos alimentos. Este alerta foi feito pelo representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Helder Mutéia. E não estamos falando da fome que sentimos antes do almoço ou do jantar, mas de uma fome que dói e que mata. Isso é algo que eu nunca senti e não posso mensurar. E enquanto você lê este artigo aproximadamente 14 pessoas morreram de fome no mundo, isso por que a cada três segundos uma pessoas morre de fome. Esses são dados do Programa Mundial de Alimentos, eles afirmam que 25 mil pessoas morrem por dia em razão de má nutrição ou doenças associadas ao problema. Essa situação afeta de forma mais significativa países da África, da Ásia e parte da população da América Latina.

A fome produz imagens das quais não vemos muito em nosso meio, mas que são comuns para uma em cada seis pessoas no mundo.



Nessa rápida pesquisa descobri também quanto se gasta com comida em uma semana. No livro intitulado "Hungry Planet - What the World Eats" ("Planeta com Fome - O que o Mundo Come"), Peter Menzel and Faith D'Aluisio, dão um extraordinário exemplo comparativo de 600 refeições, na vida de 30 famílias, de 24 países. O perfil de cada família inclui uma descrição detalhada das suas compras alimentares e fotografias tiradas em casa, nos mercados e nas respectivas comunidades.

Como exemplo citarei três famílias.















Alemanha: Família Melander de Bargteheide.
Despesa com alimentação em 1 semana: 375.39 Euros / $500.07 dólares



México: Família Casales de Cuernavaca
Despesa com alimentação em 1 semana: 1,862.78 Pesos / $189.09 dólares



Chade: Família Aboubakar do campo de refugiados de Breidjing.
Despesa com alimentação por semana: 685 Francos / $1.23 dólares

Algumas pessoas podem dizer que não há como alimentar a todos, porém o mundo produz diariamente comida em quantidade suficiente para alimentar toda a população do planeta, no entanto, muitas pessoas morrem por dia. Mas se produzimos comida suficiente onde esta o problema?
Eu lhe digo que está dinheiro aplicado de maneira errada e no desperdício.

Se fizermos uma conta básica dividindo o que somente o EUA gastaram em guerras nos últimos 10 anos - 1,3 trilão de dolares - e dividindo pelo que é necessário para alimentar uma família mexicana por semana - 189,00 dolares - temos o seguinte resultado: O mundo alimentado durante 4 anos e meio dentro dos padrões mexicanos.
Já em relação ao desperdício, falando apenas do Brasil, perto de 44% do que é plantado se perde na produção, distribuição e comercialização: sendo 20% na colheita, 8% no transporte e armazenamento, 15% na indústria de processamento e 1% no varejo. Com mais 20% de perdas no processamento culinário e hábitos alimentares, as perdas totalizam 64% em toda cadeia, conforme dados da revista Veja número 1749.

Fica a reflexão, para que gastar tanto dinheiro com guerra quando poderíamos desenvolver mecanismos para diminuir o desperdício e investir na distribuição de alimentos a toda a população mundial. Alimentar quem passa fome não irá deixar nenhum país pobre.

Leia também; Frente à cegueira da comunidade internacional, a Somália faminta alerta: 'Precisamos de ajuda'

sábado, 6 de agosto de 2011

Tremor que devastou o Japão em 11 de março foram sentidas na ionosfera

Após o terremoto no Japão em março deste ano, fiz um post sobre a possível causa do terremoto, o Haarp --clique aqui--.  Muitos não acreditam no potencial desta tecnologia, mas acreditando ou não, ele existe e é capaz de criar terremotos.
Em 2010 o presidente venezuelano Hugo Chavez, afirmou que o terremoto no Haiti foi causado pelo Haarp, mas como era de se esperar ninguém deu ouvidos as suas afirmações. Já neste ano, após o terremoto no Japão o jornalista Benjamin Fulford, gravou um vídeo onde afirma ter ouvido de Heizo Takanaka, que foi ministro das finanças daquele país, que o Japão fora ameaçado com uma arma de fazer terremotos.

Apesar das vastas informações sobre o Haarp e seu potencial destrutivo, muitos relutam em acreditar que ele poderia ter sido a origem do terremoto em março. No entanto um estudo da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, aponta que momentos antes do terremoto seguido de tsunami que devastou o Japão em 11 de março, vibrações foram sentidas na ionosfera. O curioso que o Haarp é um aquecedor ionosférico.

Imagem de computador mostra extensão das
vibrações que anteciparam tsunami japonês
Na internet há muita informação sobre o Haarp e seu potencial, basta uma breve pesquisa para descobrir o que a grande mídia não conta. No blog Verdade Explícita há um post sobre o Haarp Russo, neste post você irá ler as afirmações de Vladimir Zhirinovsky, que afirma que a Russia tem potencial destrutiva em qualquer região do planeta.